
Foto: Reprodução
É fim de semana de Carnaval, e a programação deste domingo tem um enredo a mais do que o comum, quase com traços de torcida de futebol. Sim, eu estou falando da premiação do Oscar 2025, que será a partir das 21h e tem representante brasileiro com altíssima chance de trazer a estatueta para o país. Ainda estou aqui, de Walter Salles, concorre a Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, pela atuação de Fernanda Torres.
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Eu falei sobre o longa nesta coluna em novembro, quando ele estreou no cinema de Santa Maria e, de largada, tinha quatro sessões por dia. Um investimento alto em divulgação e circulação de filme nacional, que já ultrapassou os 5 milhões de espectadores no Brasil.
A TV Globo vai interromper a transmissão do Carnaval, exceto para o Rio de Janeiro, para exibir a cerimônia da maior final do cinema (pelo menos é a mais popular). O canal TNT, de TV por assinatura, e a plataforma de streaming Max também irão transmitir.
Para aqueles que preferem torcer reunidos com outras pessoas, em clima de Carnaval de rua ou em clima de campeonato, espaços como Easy Going, no Centro, e Villa Food Park, em Camobi, irão transmitir a premiação em telão. A entrada é gratuita. Diversos lugares pelo país, seja na rua, em cinemas ou em bares, irão fazer a transmissão do Oscar para comemorar o cinema brasileiro.
Seja o começo de um vertiginoso crescimento da nossa indústria cinematográfica, tanto de produção quanto de público.
E por falar nisso, este será um ano com muitos lançamentos de produções nacionais devido aos recentes editais de fomento, entre eles a Lei Paulo Gustavo (LPG) e a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Segundo levantamento do acadêmico de Jornalismo da Universidade Franciscana, Enzo Martins, para uma matéria publicada no Jornal Abra, só em Santa Maria deverão ser lançados 21 filmes de ficção e documentário neste ano, frutos de editais de nível municipal.
Ainda falta acrescentar a este dado as produções realizadas de forma independente e com incentivos em nível estadual e federal. Então, a soma será muito maior que essa.
Como a maioria dessas produções não chega às salas de cinema, e o motivo disso passa pelo formato até orçamento disponível para distribuição e circulação, o público poderá ver as produções nos cineclubes Da Boca, na UFSM, no Lanterninha Aurélio, que fica na Cesma, e em demais sessões que deverão ser promovidas ao longo do ano pela cidade.
Acompanhe e prestigie o cinema local assim como a gente torce por Ainda estou aqui ou organiza a agenda para ver um filme estrangeiro. Para o cinema daqui ser ainda mais potente, é vital que os filmes se encontrem com o público.